Sambaetiba pede socorro

Os moradores de Sambaetiba, vizinhos do Comperj, estão se sentindo abandonados após a chegada da Petrobras. Sambaetiba é o 4º distrito do município e sempre se caracterizou pela existência de sítios e chácaras e que antes era um lugar de gente festeira e alegre, hoje se transformou numa localidade triste, com problemas de infraestrutura e falta de segurança.. Coroando a beleza natural, seus moradores orgulhavam-se do clima de amizade, paz e boa vizinhança que sempre reinou por lá. “Essa era uma característica importante do lugar. Nós sentimos falta dos nossos amigos e da tranquilidade em que vivíamos”, lamentou a moradora Miriam Fernandes de Jesus, que reconhece a importância do progresso, mas ressente-se do alto preço imposto à comunidade.

Entretanto, com a instalação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o distrito começou a passar por profundas transformações. A começar pelas desapropriações. Uma vez que o Comperj ocupará uma área de 45 milhões de metros quadrados, muitos proprietários tiveram que vender suas casas e deixar a localidade. Com isso, os amigos ficaram mais distantes e as longas conversas de fim de tarde esquecidas nas lembranças. O comércio local também sofreu o impacto, tendo uma queda em sua arrecadação. Para piorar, as ruas onde antes passava um carro a cada duas horas, hoje estão perigosas para a população, já que o fluxo aumentou consideravelmente.

O pequeno comércio da localidade que vivia em função dos sitiantes, teve drástica redução. O presidente da Associação de Moradores e Amigos de Sambaetiba, Nelson Rollim Pinheiro Filho, é um dos que se queixa do abandono local. “Estamos no meio do nada e ninguém dá atenção às nossas reivindicações, nem a Petrobras, cujo setor de relacionamento com as comunidades, parece inoperante”, reclamou o morador, que é comerciante do ramo de materiais de construção.

Segundo Nelson, é preciso colocar um guarda municipal na entrada do distrito para controlar o trânsito, já que os carros passam em alta velocidade o que representa um risco alto de acidentes. Nelson afirmou que nos horários de entrada e saída da escola o problema é ainda mais grave. “Temos muitas crianças em idade escolar e sem um guarda para controlar o trânsito e ajudá-las a atravessar o perigo aumenta ainda mais”, afirmou.

Outra reivindicação de Nelson, apresentada durante reunião do Conselho Comunitário de Segurança, diz respeito ao policiamento, que precisa ser intensificado junto ao Comperj. O morador disse ainda que gostaria que houvesse menos rotatividade entre os policiais que trabalham na unidade de Sambaetiba. “Se os policiais ficassem mais tempo haveria maior integração com a comunidade. Os moradores precisam conhecer os policiais, saber quem são para ter mais tranquilidade até na hora de fazer uma queixa”, explicou o comerciante.;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;

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