Justiça pede impeachment de Sergio

Política





[Sergio já não é tão festejado na Câmara]

Sergio já não é tão festejado na Câmara
Agora é realmente séria a situação do Prefeito Sergio Soares que tem na Câmara um pedido de impeachment. A orientação de se instalar o processo veio do TJER - Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro - que comunicou também a decisão ao Ministério Publico. Sergio deixou de cumprir uma Ordem Judicial, de pagamento a uma família que ganhou o direito de indenização após o ex-prefeito Cosme Salles tratar indevidamente uma sepultura de um cemitério da cidade. A dívida de cerca de R$ 30 mil reais foi protelada e Sergio não cumpriu em tempo a ordem judicial deixando que o TJ optasse pela votação de seu afastamento. A Câmara criou uma comissão que está estudando o pedido da Justiça mas Sérgio já tem nela pelo menos dois membros que são da base governista. Analistas dizem, no entanto, que o maior risco será a interferência política externa que conhece o potencial dos próximos orçamentos da Cidade das Refinarias.

- Não adianta. Teremos dois relatórios, com certeza. Os vereadores de Sergio vão opinar por não oferecer denuncia, mas o colega Élson Campos vai analisar com justiça e será o relatório dele que votaremos – disse um vereador do chamado G9, um grupo formado por nove vereadores que não seguem orientação do prefeito. Além de Élson, fazem parte da comissão criada os vereadores Moadir Baptista Campos e Luiz Carlos Rosalino Borges, o Carlinhos da Farmácia.

Mas a Câmara de Itaboraí, no entanto, também vive dias de suspeição, desde um processo de alteração na Lei Orgânica, feita sem transparência, e que permitiu a cidade ganhar um lixão que ainda se discute na Justiça. A Câmara, desde o ano passado trabalha um CPI que apura possíveis desvios de verbas em fundos municipais.

O processo que pode retirar do cargo o prefeito, se levado a cabo, vai criar uma situação mais complicada porque se aposta que o vice, Rafael Vitorino, não assumiria por questão de Saúde. Nesse caso a vaga estaria para o presidente da Câmara. Mas é sabido que também nessa Casa poderiam existir problemas. Diz-se na cidade que se investiga para denunciar no MP Federal, a participação de vereadores em um esquema de fornecimento à prefeitura, usando parentes e até “laranjas” para disfarçar a forma imoral de se locupletar com o cargo.

No caso do prefeito a Câmara, que há mais de um mês recebeu a ordem de construir o processo de afastamento de Sergio Soares, tem agora um prazo curto para se manifestar. No caso da Câmara, o processo, ao inverso, deve caminhar rápido porque nove vereadores se juntaram após suspeitarem de favorecimento do prefeito a um pequeno grupo de colegas. A reação do prefeito até agora foi a de se utilizar de um jornal de fora da cidade que fez uma série de criticas para desmoralizar a Câmara, publicando o salário e criticando o desempenho insatisfatório dos vereadores.

Na cidade, após tantos boatos de afastamento de Sérgio desde os primeiros dias de mandato, a população não dá crédito a possibilidade de uma cassação do prefeito. Todavia, articuladores experientes alertam que a prefeitura de Itaboraí agora tem um valor diferente e que qualquer ato político na cidade certamente movimenta os grandes interesses eleitorais, até de Brasília. O município, a partir do próximo ano, começa a se inserir entre as cidades com os maiores orçamentos do Estado e, portanto despertando a cobiça dos que vivem das verbas publicas.

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